domingo, 21 de março de 2010

As Lâmpadas Eternas


Em sua obra “Isis Sem Véus”, Helena Petrovna Blavatsky (Mestre H. P. B.), fala sobre essas lâmpadas perpétuas, ela dá seu testemunho e atesta que por volta de 173 autores já trataram deste assunto antes, entre eles: Clemente de Alexandria; Apiano; Plínio; Buratino; Gesner; Maturâncio; Paracelso; Alberto, o Magno; Citesius; entre outros.


"Deixando de lado exageros e prescindindo da gratuita negação da ciência moderna sobre a possibilidade destas lâmpadas, cabe perguntar se no caso de se haverem conhecido na época dos ‘milagres’, se devem distinguir entre as acesas ante os altares cristãos e as que ardiam diante das imagens de Júpiter, Minerva e outras divindades pagãs.
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Segundo alguns teólogos. as lâmpadas dos altares cristãos tinham virtude milagrosamente divina, ao passo que as pagãs deviam sua luz aos artifícios do diabo, e nesses dois grupos se classificavam as lâmpadas, conforme dizem Kircher e Liceto. A de Antioquia, que durante 1 500 anos ardeu ao ar livre na praça pública, sobre a porta de uma igreja, mantinha-se, no dizer dos teólogos, pelo poder de Deus que havia dado perpétua luz a tão infinito número de estrelas, enquanto que as lâmpadas pagãs, segundo assegura Santo Agostinho, eram obra do demônio, que trata de enganar o homem por diversos meios.

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Como se nada fosse mais fácil para satanás do que deslumbrar com um relâmpago de luz ou uma brilhante chama àqueles que entram pela primeira vez numa cripta sepulcral.

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Luís Vives refuta a opinião de Santo Agostinho quanto aos artifícios do diabo e demonstra, em seus comentários à Cidade de Deus, que as operações mágicas, por estupendas e prodigiosas que pareçam, são resultado da indústria humana e do profundo estudo dos segredos da natureza".


BLAVATSKY, Isis Sem Véus,

publicado em 1877.


Em Roma, certa vez, abriram-se uma tumba e encontraram uma lâmpada acesa, incrivelmente, isso se tornou um enigma a ser desvendado. Acredita-se que aquele fogo teria durado mais ou menos 1.600 anos. Dizem que Moisés teria fabricado uma lâmpada eterna, para o Tabernáculo. No Egito, parece que os sacerdotes mantinham o segredo da fabricação delas. Nos subterrâneos de Menfis, a Cidade das Pirâmides, Egito, e nas construções e templos do Tibet, elas também foram encontradas, nem uma, nem duas, mas inúmeras delas.


Atualmente, o Museu de Leiden, Holanda, parece possuir duas destas lâmpadas, que permaneceram acesas por pelo menos dois séculos.


Na metade do Séc. XV, durante o pontificado de Paulo III (1534-1549), ao abrirem uma tumba, na via Ápia, encontraram-se o cadáver de uma linda jovem, totalmente intacto, que jazia mergulhado num líquido transparente, aparentemente de composição desconhecida, que havia sido preservado ao ponto de parecer apenas um corpo adormecido. Aos seus pés ardia uma lâmpada que se apagou, logo após a abertura do sepulcro. Ao ler-se a inscrição, constatou-se que se tratava de Túlia, filha de Cícero, morta há 1.600 anos. A descrição desse episódio se encontra na obra de Erasmo Francisco, que se baseou em Flomero, Pancirolo e outros.


Parece ser bem comum encontrar tais lâmpadas sepulcrais, nos templos romanos, em que se mantinham acesas por muitos anos, supostamente alimentadas com a oleosidade do ouro, acreditava os romanos. Ainda hoje, muitos viajantes e escritores descrevem certas luzes ou chamas que ardem perpetuamente em túmulos hindus, japoneses e tibetanos, aparentemente, sem o abastecimento de qualquer tipo combustível.

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O missionário inglês Mater conta ter visto uma delas no templo Trevandrum, no reino de Travancore, Índia Meridional. Disse-se que no interior do templo existe um poço profundo, onde anualmente se encontram valiosos tesouros e, noutro lugar do mesmo templo, há uma gruta onde arde uma lâmpada de ouro, que teria sido acesa 120 anos antes. Tal missionário conta esse fato sem comentários, porém, alguns missionários católicos atribuem o fato a artes diabólicas. O abade Huc e outros viajantes, que fizeram amizade com os lamas, puderam examinar detidamente as ditas lâmpadas, mas pouco foi revelado


Encontramos no salmo CV (105), vers. 23 [Sal. 105:23], David refere-se ao Egito como a Terra de Ham (ou Cã, para algumas “traduções”), termo que veio dar origem às palavras alquimia e química. Assim, os egípcios atribuem-se a invenção das lâmpadas perenes, pois trabalhavam há anos com química, o que teria um certo fundamento, pois, tambem, graças à sua “crença religiosa” os fez empregar com enorme freqüência a chama eterna.

Certos cabalistas apontam a ideia de que Moisés teria aprendido este segredo dos egípcios e que a lâmpada do Tabernáculo seria perpétua, para tanto, pode-se deduzir isso através da seguinte passagem bíblica:


"Manda aos filhos de Israel que te tragam o azeite mais puro das oliveiras, tirado a almofariz, para que arda sempre a lâmpada”, Êxodo, XXVII, 20 [27:20].


Para alguns alquimistas, simbolicamente, tais lâmpadas que permanecem acesas eternamente têm outro significado.


Agora, imagine no Egito, dezenas de séculos atrás, sem eletricidade, como seria possível construir enormes pirâmides, sem que lá no subsolo, os trabalhadores não morressem por falta de oxigênio? A preparação de salas e túmulos, as inscrições nas paredes, não teria deixado nenhum tipo de vestígio, seja de fumaça ou fuligem, como pode? Qual o combustível conhecido que não produz marcas, fora a eletricidade?


Alguns cientistas céticos, certamente, negariam a existência de tais lâmpadas.


Conta-se que, Liceto, revela que tais lâmpadas se apagavam logo depois dos sepulcros serem abertos, em virtude de profanações muitas eram ignoradas, pois o interesse eram outros objetos de “maior valor”.


Acredita-se que os babilônios conheciam tais segredos, mas seus escritos foram perdidos, ou melhor, destruídos, na Biblioteca de Alexandria, queimada pelo imperador Justiniano. Daria para desconfiar de como os babilônios iluminavam seus navios à noite; era um certo fogo frio, mais brilhante do que a Lua, clareavam seus templos com essa mesma luz. Aparentemente, eles tinham alguma maneira de utilizar eletricidade, mas não como a utilizamos hoje em dia. Diz-se que suas “embarcações de terra”, eram movidas sem cavalos, eram iluminadas à noite e atingindo grandes velocidades [ver Livro de Daniel].


A ciência moderna está começando a redescobrir algumas coisas. Não só neste aspecto, mas em outros, parece que estamos devendo muito se comparar com a ciência egípcia, babilônica e outras.


Sem entrar em profundas discussões sobre as ideias alquímicas, químicas, religiosas ou pagãs, pode-se lembrar que em muitos templos (considerados sagrados), cristãos ou não, há sempre um chama no altar. Simbolicamente, parece representar a luz (oposição a trevas), a divindade, o fogo sagrado. Então, porque alguns cristãos, por falta de compreensão, tendem a dizer que tal fenômeno estaria ligado a questões diabólicas e não divinas?

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