domingo, 30 de maio de 2010

Pitágoras

Rafael Sanzio - A Escola de Atenas

Rafael Sanzio - A Escola de Atenas (detalhe - Pitágoras)


Pitágoras foi um grande estudioso e sábio que viveu no VI século a. C. Teria nascido em Samos, ilha do mar Egeu, perto da Ásia Menor, provavelmente em 569 a.C.

Sua vida toda foi dedicada na busca de ensinamentos de antigos mestres e divulgação de suas filosofias. Para ele, e muitos outros, tudo ressentia em vibrações, tudo era vibração.


"Nada está parado; tudo se move e tudo vibra"

(O Caibalion - Hermes Trimegistro).


Por isso dedicou-se na busca dessas vibrações e determinou, entre tantas outras coisas, a escala musical e a numerologia (estudo aprofundado que segue até hoje e influencia milhões de pessoas no mundo inteiro).


Pelos números, pode-se ter toda evolução dos seres humanos:


1 - ligado à ação, ao homem [positivo];

2 - ligado à sabedoria, à mulher [negativo];

3 - ligado à auto-expressão, à criação [3.ª dimensão – o neutro];

4 - ligado à concretização dos pensamentos, ao trabalho [4.ª dimensão - ideias];

5 - ligado às mudanças, à procura de algo melhor [5.ª dimensão];

6 - ligado ao amor; à responsabilidade para com a família e sociedade [a dúvida];

7 - ligado à espiritualidade; à natureza [o equilíbrio, a natureza];

8 - ligado à formação de grupos de trabalho, à justiça [a lei];

9 - ligado à expansão dos limites, à universalidade [o arcano].


Parece que só com esses números pode-se montar a história da humanidade e, porque não, montarmos a nossa própria história de vida ou da nossa existência.

Mas claro que isso seria apenas o começo para entender melhor os números, pois o estudo vai muito além disso...


Há o chamado significado espiritual dos números..., que leva anos e até a vida inteira de uma pessoa para compreendê-los.


Pitágoras, fundador da escola pitagórica, parece ter chegado a Itália, a Grécia, e fundou em Crotona, colônia grega, uma associação científico-ético-política, que foi o centro de irradiação da escola e encontrou partidários entre os gregos da Itália meridional e da Sicília.


Ele aspirava fazer com que a educação ética da escola se ampliasse e se tornasse reforma política; isto, porém, levantou oposições contra ele e foi convidado a deixar Crotona, mudando-se para Metaponto, onde, provavelmente, desencarnou em 497-96 a.C.

Segundo o pitagorismo, em essência, o princípio de todas as coisas são os números, ou seja, as relações matemáticas... acredita-se que o universo todos está regulado segundo relações numéricas, passa-se à visão fantástica de que o número seja a essência das coisas.


"A própria unidade é o resultado de um ser e de um não-ser, portanto há, em todo caso, não-ser e, portanto, também uma pluralidade"


REFERÊNCIAS


ABRIL CULTURAL. Coleção: Os Pensadores: os Pré-socráticos. Ed. 1, vol. I. São Paulo: Abril Cultural, 1973.


DURANT, Will, História da Filosofia - A Vida e as Idéias dos Grandes Filósofos. Ed 1. São Paulo: Nacional, 1926.


PADOVANI, Umberto e CASTAGNOLA, Luís, História da Filosofia. Ed. 10. São Paulo: Melhoramentos, 1974.

domingo, 23 de maio de 2010

Divina Proporção

Leonardo Da Vinci - O Homem Vitruviano


O homem parece buscar padrões em tudo que vê, e talvez a natureza siga regras quanto a sua organização. Sempre procuramos, esteticamente, as coisas mais próximas da perfeição. Parece que na Escola Grega de Pitágoras, onde se começou a estudar e pesquisar modelos matemáticos existentes na estética (nas artes e no corpo), na beleza (o belo), na harmonia (música, composição, artes) e natureza (de modo geral, mas em especial na botânica). Chegou-se ao "Phi", a "Divina Proporção", ou "Proporção Áurea", ou ainda "Número de Ouro". Não devemos confundir com Pi, que é a razão entre o perímetro e o diâmetro de qualquer círculo. Phi é igual a 1.618033988749895, ele é intimamente relacionado com a Seqüência de Fibonacci. Os filósofos da época descobriram que ele está presente em todo universo, acredite você ou não... A Monalisa de Leonardo Da Vinci; O Nascimento de Vênus, quadro de Botticelli, em que Afrodite está na proporção áurea. Esta proporção estaria ali aplicada pelo motivo do autor representar a perfeição da beleza. O Sacramento da Última Ceia de Salvador Dalí, as dimensões do quadro (aproximadamente 270 cm x 167 cm) estão numa Razão Áurea entre si. Na literatura: Ilíada, de Homero; Os Lusíadas, de Luís de Camões; Eneida, de Virgílio. Na Música: A Sinfonia nº 5 e a Sinfonia nº 9, de Ludwig van Beethoven e em outras diversas obras. O diretor russo Sergei Eisenstein se utilizou do número phi no filme O Encouraçado Potemkin para marcar os inícios de cenas importantes da trama, medindo a razão pelo tamanho das fitas de película.



domingo, 9 de maio de 2010

Poderes Mágicos [Uma Parábola Budista]

ShishiShishi é traduzido como "leão", mas tambem pode se referir a cão, com poderes mágicos e a capacidade de repelir espíritos maléficos. Um par de shishi, tradicionalmente, monta guarda do lado de fora dos portões de igrejas shinto e templos budistas (embora templos sejam mais freqüentemente guardados por protetores Nio). O shishi aparece com sua boca aberta (para assustar os demônios) ou fechada (para abrigar e manter os bons espíritos).


Poderes Mágicos

(Uma Parábola Budista)


Conta-se que, através das práticas da Yoga, Devadata (primo de Sakyamuni), conseguira desenvolver grandemente os poderes psíquicos.


Certa vez, um Marajá ofereceu uma rica “taça de ouro” incrustada de “pedras preciosas” ao homem que pudesse ‘alcançá-la sem subir ao topo do bambu’, onde estava pendurada. Vieram muitos iogues, magos e faquires para tentar a prova. Em vão invocaram os seus poderes ocultos.


Sabendo do que se passava, Devadata resolveu competir. Sentou-se no chão perto do Marajá, e concentrou toda a sua força mental. E o povo assombrado viu Devadata, aos poucos, ia-se elevando ao ar. E, assim levitando, conseguiu obter a taça sem subir no bambu.



Contente com a façanha, Devadata foi procurar Sakyamuni e narrou-lhe o ocorrido. O Iluminado sorriu e respondeu serenamente:



"De que valem esses poderes, meu filho? Nada significam para o teu progresso espiritual. São apenas demonstrações vãs."



Indignado, Devadata irritou-se com a resposta do Buda e abandonou-o. Foi para a cidade e começou a pregar contra ele. Mas este continuou sereno e deixou Devadata entregue ao seu próprio destino.



Certa tarde, quando Devadata caminhava pela floresta com um de seus discípulos, de repente caiu em areias movediças. Apesar de toda a sua clarividência, não viu o perigo e, desesperado, começou a afundar. O discípulo correu para salvá-lo, mas nada conseguiu. E Devadata morreu ali, colhido pelas areias movediças.